Nós, trabalhadores e trabalhadoras do serviço público e de empresas estatais, dirigentes sindicais CUTistas, reunidos em 19 de maio de 2016 em Brasília, diante da gravidade da conjuntura nacional, manifestamos nossa posição intransigente contra este governo golpista.
Reafirmamos a posição da CUT, expressa em nota por seu presidente:“Acreditamos que a luta contra os retrocessos pretendidos e anunciados será travada pelo conjunto dos movimentos sociais nas ruas, nos locais de trabalho, na luta constante para impedir que o Brasil recue, do ponto de vista democrático, institucional e civilizatório, a décadas passadas”.
Lutaremos para derrotar o golpe em curso, pelo retorno do governo legítimo da presidente Dilma Rousseff e do projeto eleito pelos trabalhadores brasileiros em 2014.
Trabalharemos pelo fortalecimento e ampliação de todas as frentes de lutas e movimentos em defesa da democracia, contra o desmonte do Estado e os programas sociais e contra a retirada dos direitos dos trabalhadores,intenções claramente expressas nos documentos uma Ponte para o Futuro, Travessia Social e Agenda Brasil, e rapidamente assumidas nas primeiras medidas do governo interino e golpista.
Trabalharemos pela unificação das lutas dos trabalhadores do serviço público e das empresas estatais em todas as esferas, municipal, estadual e federal, e exigimos o cumprimento de todos os acordos e compromissos firmados pelo Governo Dilma com os trabalhadores do serviço público e das empresas estatais.
Combateremos de forma incansável as propostas de reforma da previdência, de privatização das empresas estatais, de aprovação da terceirização geral e sem limites e toda iniciativa de retirada ou flexibilização de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Para tanto, propomos:
- Concentrar os esforços de nossas entidades para dialogar com os trabalhadores no local de trabalho, esclarecendo e acumulando forças para a construção da Greve Geral. Somente a classe trabalhadora conscientizada e mobilizada será capaz de parar a produção e reverter o golpe;
- Organizar uma grande Marcha Nacional em Brasília, ainda no primeiro semestre. Vamos chamaros trabalhadores e trabalhadoras à rua para dizer não ao Golpe, Fora Temer e não à retirada de direitos;
- Ampliar o alcance da FRENTE PARLAMENTAR MISTA EM DEFESA DOS DIREITOS DA CLASSE TRABALHADORA aos Estados e Munícipios;
- Ampliar a comunicação direta como a nossa base sindical. Precisamos produzir material unificado da CUT sobre as ameaças em curso contra os direitos trabalhistas;
- Realizar ações e investimentos para dialogar com a população sobre a importância do serviço público e alertar sobre ataques em curso visando ao desmonte do Estado e o fim dos programas sociais;
- Iniciar uma campanha de denúncia contra os agentes do Golpe: o Congresso, o Judiciário e a Mídia Golpista;
- Realizar assembleias de base e construir amplos comitês contra o golpe juntocom os movimentos sociais, as entidades locais e todas as forças de esquerda que se opõem ao golpe;
- Construir um encontro nacional de cultura junto com as entidades do setor;
- Construir ações de acompanhamento e apoio à luta dos trabalhadores/as da EBC;
- Denunciar os ataques violentos e a criminalização dos movimentos sociais.
Brasília, 19 de maio de 2016.
Assinam:
- SINTECT-GO
- CNTSS-CUT
- CONDSEF
- SINDSEP-DF
- CUT
- CUT – BA
- CUT – BRASÍLIA
- SINDIPETRO – BA
- PROIFES
- SINDSEP – MG
- SINDPREV – AL
- SINTELL – RJ
- SINDSAÚDE
- SINDSEP-AP
- SINDSEP – PE
- SINDSEP – PR
- SINDSEF-BA
- SINDMETRO – PE
- SINDMETRO – DF
- FENADADOS
- SINDPD-GO
- SINDPD-CE
- SINDPD-RJ
- FETAM-CE
- CONFETAM
- FETAM-RN
- SAE-DF
- CASSI – SAÚDE DO BB
- APUB/UFBA
- FETEC-CN
- SEEBB-DF
- SINA
- SINDICATO DA CASA DA MOEDA
- SINASEFE
- SEEB – CTBA
- CNTE
- SINDUTE – MG
- FENTECT
- FNA
- SINPAF