Ato reuniu milhares de mulheres e homens nas ruas de Porto Alegre
Igualdade de gênero, fim da cultura do estupro e da objetificação da mulher, e o clamor pelo fim do feminicídio foram as principais reivindicações das manifestantes neste Dia Internacional da Mulher. O Centro de Porto Alegre foi palco da luta feminista na sexta-feira, 8 de março.
No Largo Glênio Peres, o dia inteiro foi de atividades no e, ao entardecer, as mulheres mandaram o seu recado para a sociedade: “Pode chover, pode molhar, a mulherada está na rua para lutar”. Esse era o som que ecoava pelas ruas do Centro Histórico.
Manifestações artísticas foram intercaladas com falas de dirigentes mulheres de sindicatos, movimentos sociais e partidos políticos por cerca de uma hora. A maioria delas pautava a luta contra a Reforma da Previdência.
A diretora da ADUFRGS-Sindical, Lucia Terra, participou da programação do Dia Internacional da Mulher, apoiado pela ADUFRGS. A dirigente também esteve no anúncio da constituição da Associação Mães e Pais pela Democracia, movimento suprapartidário que defende a liberdade de cátedra dos professores e a liberdade de ensinar e aprender de forma amorosa.
“A nossa luta ao lado das mulheres que participam ativamente do movimento sindical, é muito importante para combater a mortandade e os abusos cometidos com grande maioria das mulheres. Como entidade, estamos na luta contra a Reforma da Previdência, porque as mulheres serão muito prejudicadas, incluindo as trabalhadoras rurais”, ressaltou a diretora da ADUFRGS.
Lançamento da Associação Mães e Pais pela Democracia
A presidenta da Associação Mães e Pais pela Democracia, Aline Kerber, destacou que o lançamento da entidade foi feito no Dia Internacional das Mulheres para compartilhar essa luta com todas as mulheres e mães, já que é uma luta de todas. A Associação é contra o projeto Escola Sem Partido, pois acredita em uma escola livre, plural e de reciprocidade ética entre alunos, alunos e professores. “Só assim formamos uma cidadania crítica, que transforma o mundo, como nos ensinou Paulo Freire”, afirmou Kerber.
Ela afirma que as vítimas de abuso sexual, em geral, tornam-se vítimas dentro da sua própria casa e que, se a escola não tomar a iniciativa de abordar este tema, que é um tabu nas famílias, assim como sexo, segurança nas relações sexuais, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, gravidez, ninguém o fará.
A Associação é formada por cerca de cinco mil simpatizantes, de 46 escolas. A maioria deles está em Porto Alegre, mas também em Santa Maria, Erechim e Viamão. “A Associação participa da Frente contra a Intolerância protagonizada pelo Ministério Público Federal, com várias outras organizações, inclusive a ADUFRGS”, explica Aline.
Próximas atividades da Associação Mães e Pais pela Democracia
– Café Democrático
Data: 14 de março
Horário: 18h30
Local: Vila Flores (Rua São Carlos, 753)
– Festival pela Democracia e Liberdade (com a participação do Nei Lisboa)
Data: 28 de abril
Horário: das 11h às 17h
Local: Vila Flores (Rua São Carlos, 753)
Fonte: Ascom Portal Adverso